DEVOÇÃO DOS CINCO PRIMEIROS SÁBADOS AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA – Irmã Lúcia

Postado dia 01/03/2019

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“J. M. J.            

No dia 17 de Dezembro de 1927, foi junto do sacrário perguntar a Jesus como satisfaria o pedido que lhe era feito: Se a origem da devoção ao Imaculado Coração de Maria estava encerrada no Segredo que a SS.ma Virgem lhe tinha confiado.

Jesus, com voz clara, fez-lhe ouvir estas palavras: “Minha filha, escreve o que te pedem; e tudo o que te revelou a SS.ma Virgem, na Aparição em que falou desta devoção, escreve-o também; quanto ao resto do Segredo, continua o silêncio”.

O que em 1917 foi confiado a este respeito, é o seguinte: Ela pediu para os levar para o Céu. A SS.ma Virgem respondeu: “Sim; a Jacinta e o Francisco levo-os em breve; mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-se de ti para me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no Mundo a devoção ao Meu Imaculado Coração. A quem a abraçar, prometo a salvação; e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o Seu trono.”

– Fico cá sozinha? , – disse, com tristeza. – “Não, filha; Eu nunca te deixarei. O Meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.

Dia 10 de Dezembro de 1925, apareceu-lhe a SS.ma Virgem e, ao lado, suspenso em uma nuvem luminosa, um Menino, A SS.ma Virgem, pondo-lhe no ombro a mão, mostrou-lhe[1] ao mesmo tempo, um coração que tinha na outra mão, cercado de espinhos. Ao mesmo tempo, disse o Menino: “Tem pena do Coração de tua SS.ma Mãe, que está coberto de espinhos, que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam, sem haver quem faça um acto de reparação para os tirar”.

Em seguida, disse a SS.ma Virgem: “Olha, minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos, que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam, com blasfêmia e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar, e dize que todos aqueles que durante cinco meses, no[2] primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço, e Me fizerem quinze minutos de companhia, meditando nos quinze mistérios do Rosário, com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes, na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas”.

No dia 15 de Fevereiro de 1926, apareceu-lhe, de novo, o Menino Jesus. Perguntou-lhe se já tinha espalhado a devoção a sua SS.ma Mãe. Ela expôs-lhe as dificuldades que tinha o confessor, e que a Madre Superiora estava pronta a propagá-la; mas que o confessor tinha dito que ela, só, nada podia. Jesus respondeu: “É verdade que a tua Superiora, só, nada pode; mas, com a minha graça, pode tudo”.

Apresentou a Jesus a dificuldade que tinham algumas almas em se confessar ao sábado, e pediu para ser válida a confissão de oito dias. Jesus respondeu: “Sim, pode ser de muitos mais ainda, contanto que, quando Me receberem, estejam em graça,[3] e que tenham a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria”.

Ela perguntou: “Meu Jesus. As que se esquecerem de formar essa intenção?” Jesus respondeu: “Podem formá-la na outra confissão seguinte, aproveitando a primeira ocasião que tiverem de se confessar”.


[1] No texto: mostrando.

[2] No texto: ao.

[3] No texto: em graça.