A unidade com o Papa e com a Igreja a ele unida

Postado dia 21/09/2016

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A igreja é divina e humana e, na sua parte humana, é frágil e pecadora, tendo, assim, necessidade de fazer penitência.

A Igreja é Luz do mundo, “Lumem gentium”. Muitas vezes, porém, os males do mundo em que vive, se tornam doenças que atingem a parte humana da Igreja. Isto vem sendo provado há quase dois mil de sua história.

Hoje, a Igreja vive em um mundo que construiu uma nova civilização secular. O espírito do mundo ou o secularismo, penetrando no seu interior, foi a causa do grande sofrimento e da crise em que ela vive. É a famosa “fumaça de satanás”, da qual falou o Papa Paulo VI, de venerável memória.

O secularismo, a nível intelectual, torna-se “racionalismo” e a nível de vida, torna-se “naturalismo”. Por causa do racionalismo, há hoje uma tendência para interpretar de modo humano todo o mistério de Deus e o depósito da verdade revelada: assim, frequentemente se negam os dogmas fundamentais da fé e, de maneira oculta e ambígua, difundem-se os erros mais graves, que muitas vezes são ensinados mesmo nas escolas católicas e pouco ou nada se salva da Divina Escritura e até do Evangelho de Jesus. “Compusestes um Evangelho vosso , com palavras vossas” (25 setembro 76).

Do naturalismo vem, hoje, o hábito de valorizar a ação pessoal, a eficiência e a programação no setor apostólico, esquecendo-se o valor primordial da Graça Divina e que a vida interior de união com Cristo, isto é, de oração, deve ser a alma de todo apostolado.

Isto dá origem a uma gradual perda de consciência do pecado como um mal e a desvalorização do Sacramento da Reconciliação, que já se difundiu por toda a Igreja.

Contra esses erros, que, de maneira enganosa e perigosa, ameaçam a integridade da fé, claramente pronunciou-se o Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Sagrada Congregação para Doutrina da Fé, com a famosa entrevista pública no seu livro: “A Fé em crise?”.

Também o magistério do Papa pronuncia-se, com frequência, enérgica e insistentemente.

Então, espontaneamente perguntamos: Por que a Igreja ainda não saiu desta profunda crise de fé? A persistência da crise na Igreja depende somente da sua desunião interna. Por essa causa, hoje, nem todos escutam e seguem o que diz o Papa no seu magistério.

Nossa Senhora obteve para a Igreja um grande Papa, consagrado ao seu Imaculado Coração, o qual Ela mesma conduz a todas as partes do mundo para difundir a Luz de Cristo e de seu Evangelho de Salvação para a todos confirmar na fé: Pastores e rebanhos a eles confiados. Mas , em torno do Papa, muitas vezes, faz-se um grande vazio; seu ensino não é acolhido por toda a Igreja e, frequentemente, sua palavra cai num deserto.

No entanto, a renovação da Igreja realiza-se somente através de sua unidade interna. O caminho a percorrer é, portanto, o da perfeita união de todos os Bispos, Sacerdotes e fieis com o Papa.

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Eis como se explica a profunda razão de ser do segundo compromisso do Movimento Sacerdotal Mariano. Nossa Senhora nos pede, hoje, para sermos modelo a todos desta unidade. Exemplo de amor ao Papa, rezando e sofrendo com ele, executando e difundindo seus ensinamentos e, especialmente, obedecendo-lhe sempre em difundindo seus ensinamentos e, especialmente, obedecendo-lhe sempre em tudo.

Nossa Senhora quer que o clero retorne ao exercício humilde e fonte da virtude da obediência. A obediência ao Papa, que é o ponto de referência e de comunhão com o Bispo, naturalmente implica na comunhão de obediência com o Pastor da própria diocese e com os próprios Superiores[1].

[1] O MOVIMENTO SACERDOTAL MARIANO, (Trecho retirado do livro: Aos Sacerdotes filhos prediletos de Nossa Senhora 12ªedição BRASILEIRA, tradução da 17 edição italiana), p XXIV a XXVI;