A NOVENA: SUA HISTÓRIA

Postado dia 04/02/2014

7ff99890df7caa503052d10436f8bd3eFoi para ajudar a descobrir e a meditar o essencial “A Encarnação para a Redenção” que foi concebida ESTA NOVENA, em circunstâncias e de uma maneira bastante inesperadas. Seu objetivo é o de ajudar as almas a se voltarem para o Senhor pela fé, esperança e o amor, contemplando as cenas evangélicas, em que Nossa Senhora, particularmente sofreu pela nossa salvação, junto com seu divino Filho e oferecendo os seus méritos, o grande TESOURO REDENTOR.

Na noite de 15 de agosto do ano santo de 1954, M… indo fazer uma visita de caridade, leva um tombo perigoso, permanecendo inerte à beira do caminho. Com o tornozelo quebrado, o pé incha subitamente, provocando intensa dor. Era noite, depois das 21:00 horas. Impossibilitada de fazer qualquer movimento, é vista por um enfermeiro, que percebendo a gravidade da situação, leva-a de automóvel até ao médico que lhe apresenta um diagnóstico enlouquecedor: não sei se vai poder voltar a andar algum dia!

“Na noite da Festa da Assunção de Nossa Senhora! Só pode ser um presente”, pensou a jovem no seu desespero. No entanto, ela agradece ao Céu, certa de que desta provação, sairão graças especiais. Ela faz a oferta de seu sofrimento e daquele desconhecido angustiado que a levou até ao hospital, em união com o Coração Doloroso e Imaculado de Maria, para o seu reino de amor. Ela estava bem longe de imaginar que, deste tempo de graça, sairia a NOVENA AO CORAÇÃO DOLOROSO E IMACULADO DE MARIA.

Hospital! Operação, flebite… etc. Mas, quinze dias depois, quanta alegria em partir em peregrinação a Lourdes, embora na maca, com os doentes de sua Diocese! Viagem de penitencia, cheia de graças, de conforto e de luz.

À volta, no dia 15 de setembro, na festa de Nossa Senhora das Dores, a doente, sempre imobilizada na cama, medita as palavras de Nossa Senhora a Santa Brígida:

“Eu olho todas as pessoas que estão no mundo para ver se encontro aquelas que levam em consideração as minhas dores, tão amargas a ponto de não existir semelhantes… e encontro bem poucas… você, minha filha, não as esqueça e lembra-te da Paixão do meu amado Filho.”

Um grande desejo ascendeu no Coração da doente, do qual exalou uma oração insistente: “Minha boa Mãe, como fazer para tornar conhecidas as vossas dores?”

Uma inspiração! Uma única palavra: “ESCREVA”. A idéia se impõe imperiosa! Mas… escrever o que? À noite do mesmo dia, saiu um folheto histórico sobre as Sete Dores de Nossa Senhora. Mostrado a um sacerdote que a visitara, bom teólogo, ele deu a sua opinião:

– Não está mal… mas, vai fazer o que com ele?

– Nada. Assim como está não vai interessar a ninguém. Seria necessária uma outra apresentação.

– Reze ao Espírito Santo.

Nesta mesma noite, chega uma prima a quem M… havia dado uma Novena a Nossa Senhora do Sagrado Coração, a fim de ajudá-la nas dificuldades do seu lar. Ela vinha contar a reviravolta que aquela oração, feita com confiança durante nove dias, fizera em sua alma, ela que não rezava há tanto tempo. Tratava-se de um lar em perigo em que a graça iria salvar.

De repente, vem a luz: é a NOVENA AO CORAÇAÕ DOLOROSO E IMACULADO que é preciso dar às almas. As pessoas aceitam de boa vontade um livreto de Novena… Será um meio fácil de abordar o essencial: a existência de DEUS; o que Ele fez por nós nos enviando seu Filho; o martírio do Salvador e de sua Santa Mãe para nos salvar… Enfim, a necessidade de REZAR. Pensa-se muito pouco na GRATIDÃO que devemos ter para com o REDENTOR e para com a CO-REDENTORA. No entanto, trata-se do TESOURO DOS TESOUROS a ser oferecido à Majestade Divina.

O Espírito Santo é invocado… E assim se deu o nascimento de um humilde livreto da NOVENA AO CORAÇÃO DOLOROSO E IMACULADO.

O texto foi submetido pela doente a seu Diretor espiritual, o Vigário geral da Diocese, e logo em seguida obteve o IMPRIMATUR do Bispo, Dom Flynn. A Irmã Marie-Renée de Issoudum, escrevendo à M… em fase de cura sobre a sua alegria em ver enfim aparecer a NOVENA tão desejada, lhe diz: “imprime-a você mesma, e será ajudada do Alto”.

E o Céu enviou a sua ajuda. Com efeito, os 5.000 primeiros livretos azuis apareceram no Sábado Santo de 1955. Em apenas três meses foi necessário providenciar uma segunda edição que apareceu no dia 15 de setembro (festa de Nossa Senhora das Dores), e no ano seguinte, uma edição de 15.000 exemplares.

Mais tarde, foram apresentados a M… os quadros do pintor Janssens lhe dizendo: “Como esses quadros ilustrariam bem os textos da novena!”

Parecia loucura!… pois era necessário obter a autorização do pintor e o preço em dinheiro deveria ser bem alto. Porém tudo aconteceu quase que milagrosamente. M… já era então Monja no Mosteiro da cidade de La Seyne. As edições se multiplicaram rapidamente e em 1974, já havia sido atingido 242 mil em língua francesa e aos quais seria preciso acrescentar ainda oito edições estrangeiras: em inglês, alemão, flamengo, croata e esloveno, kirundi (centro da África no Burundi), português e holandês.

Esta difusão extraordinária pareceu indicar bem, um desejo do Céu, em ver serem honradas as DORES DE JESUS E AS DE MARIA.

OS RESULTADOS – Os testemunhos são todos, cada um mais tocante do que o outro… Graças materiais: curas, benefícios, moradias, etc. Porém, sobretudo, graças espirituais: conversões inesperadas, retornos à fé e aos sacramentos, mudanças de vida!

Rezar pela Paixão de Nosso Senhor e pelas dores de Nossa Senhora, dá à alma reta, com o arrependimento, o desejo de “Amor com amor se paga.”

 

 

NOVENA ILUSTRADA

Em janeiro de 1960 aparece pela primeira vez a Novena ilustrada, com as gravuras representando as Sete Dores de Nossa Senhora, do célebre pintor belga “Janssens”. A Condessa Albertine Villegas de St. Pierre, de Bruxelas, continuadora da missão de Berta Petit, obtém do filho do pintor a autorização gratuita para inseri-las no livreto da Novena. O seguinte fato acontecido demonstra bem a utilidade das ilustrações.

 

O PODER DAS IMAGENS

Uma pessoa toca a campainha do convento. “Eu gostaria de ter o livrinho da Novena ao Coração Doloroso e Imaculado de Maria.” Entregaram-lhe o livreto. – “Oh! mas não é esta… A Novena que a Irmã me deu na capela, quando eu chorava tanto por causa de minhas dificuldades, aquela Novena tinha ilustrações… Procura compreender. Eu olhava as imagens ilustradas todos os dias. Mesmo quando eu não tinha coragem de rezar, eu apenas contemplava as gravuras. Aquilo me calava fundo… tanto, que eu retomei o caminho da igreja… me confessei, fiz a Páscoa e… não blasfemo mais contra a Providencia. Minha vizinha está passando por grandes dificuldades, e não consegue sair de suas idéias negras. E eu gostaria de ajudá-la a reencontrar a fé. Por isso, queria lhe presentear com este livrinho que me fez tanto bem. Mas, as ilustrações são necessárias. Quando a gente reflete sobre o que o Salvador e sua Santíssima Mãe sofreram, começamos a ter vergonha da nossa covardia. E pode-se , com o socorro Deles, carregar o nosso fardo…”

Bendita Novena… que dá tais ensinamentos!